Depois de fazer 3 trocas de avião e passar por 4 aeroportos, finalmente chegamos a Luanda - eu, Ana Lúcia e Felipe.
A visão do alto desta província parece uma grande mesa de pingue pongue coberta de barro vermelho e com um amontoado de caixinhas de fósforo.
De perto, este amontoado ganha cores, contornos e rostos. Gostaria de ser uma grande antena parabólica como tantas espalhadas pelos prédios mal conservados, para absorver todas as sensações que este lugar provoca.
O aeroporto 4 de Fevereiro é mínimo e assim que você sai, parece que Luanda vai te engolir. Por sorte, que depois mais virou azar, tínhamos a nossa espera Osvaldo, o simpático motorista, contratato para nos acompanhar.
Osvaldo foi extremamente solicito quando pedimos ajuda para trocar os nossos dólares em Kwanza (1 kwanza é igual a mais ou menos 0,001 dólar).
Não trocamos o dinheiro em casa de câmbio ou no hotel, trocamos na rua São Paulo, dentro do carro do Osvaldo, fazendo conta e negociando com 3 caras na janela do carro.
Na mesma rua podemos ver policiais batendo em um homem.
Mas Lunda é assim, cheia de contrastes, sorrisos e musicalidade espalhada pela rua com suas mulheres andando com uma elegância infinita com cestos de frutas e ovos, apoiados na cabeça.
Ainda é muito cedo para falar sobre os luandenses, mas posso dizer que o sorriso é largo, despretencioso e os penteados das meninas são bárbaros, com contas ou cachos de matar de inveja.
Estamos hospedados no hotel Trópico, considerado 4 estrelas para o lugar, mas para nossa referência seriam 3 estrelas. O quarto é limpo e ponto.
Da janela do meu quarto posso ver os aglomerados das caixinhas de fósoforo. A terceira coisa que queria fazer era conhecer a perferia de Luanda. Bem, a cada vez que olho a janela me encontro com um pedacinho dela.
No meu quarto havia um kit de boas vinda, com maçã, pera e uma laranja coberta de mofo - entendi todas as recomendações dadas e me lembro de uma frase: NÃO TOQUE EM NADA QUE NÃO SEJA VOCÊ MESMO
Fim de tarde decidimos sair com Osvaldo para conhecer um pouco mais deste grande caldeirão. Fomos a Ilha de Luanda e como o nome já indica é retórico dizer que é uma região de praia. O céu e o por do sol africano são deslumbrantes.
Ao final do nosso passeio, fomos a um restaurante super agradável, porém caríssimo, acho que por isso resolvemos esquecer o nome do lugar. Para se ter uma breve idéia, comi um omelete de aspargos e tomei uma cerveja chamada EKA (concorrente da cerveja CUCA), total da conta 50 dolares....
Osvaldo ficou de nos buscar no restaurante por volta das 22:00h e simplesmente não apareceu.
A cada candongueiro que passava, pensavamos se seria muito arriscado embarcar na kombi branca e azul depois das 10 da noite...
Ao final conseguimos um outro motorista para nos levar pro hotel.
Claro que tiramos várias fotos deste dia "amazing"; coloco amanhã depois do trabalho
É More, bem se vê que você não é cervejeira....mas me conta, qual é o gosto da EKA??? É do tipo Skin?
ResponderExcluirAh sim...já ia me esquecendo... o meu amigo que conhece bem Luanda disse-me que a laranja mofada é usada para matar insetos que costumam invadir os quartos lá pelas tantas da noite, por isso ela não é trocada regularmente...
Brincadeirinhas à parte, o pôr do sol africano deve ser mesmo estonteante....durma bem e um ótimo dia de trabalho!!!!bjs.
Pô Valéria, achei que a terceira coisa seria algo mais original, afinal o Haiti também é aqui.
ResponderExcluirTenso esse negócio da troca de câmbio, hein...
A foto mais bonita foi do céu rsrsrs
ResponderExcluirVê se tem apto pra alugar aí pra mim rs?
Bjinhos ,saudades :)